O estudo da viação ligando o Rio de Janeiro
às Regiões das Minas, a partir do Século XVII, tem sido objeto de muitos estudos e grandes historiadores ainda não chegaram a conclusões definitivas sobre o assunto. |
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Entretanto, é certo que em 1704, Garcia Rodrigues Paes abriu um caminho, também conhecido como Caminho do Couto ou Caminho Novo das Minas, assim demarcado: partindo-se do Rio de Janeiro, por via marítima, chegando ao Porto do Pilar, ao fundo da Baía da Guanabara, subindo a Serra do Couto, até às Roças de Marcos da Costa, seguindo até Alferes, dali à Pau Grande, depois Cavarú, Encruzilhada, Paraíba do Sul, Paraibuna, Juiz de Fora, Barbacena, Queluz, Venda Nova, e enfim, Vila Rica ( Ouro Preto ). |
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Era um caminho muito acidentado, no qual gastava-se cerca do 25 a 30 dias de ponto a ponto, oscilando o tempo dispendido conforme as condições climáticas. Vinte anos depois, o Governador Aires Saldanha e Albuquerque reconhece ser uma necessidade abrir-se uma variante no Caminho Novo. |
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O Sargento-Mor Bernardo Soares Proença propõe e é aceito o projeto de se abrir um atalho, partindo do Rio de Janeiro, alcançando por mar o Porto da Estrela, Vila do Inhomirim, subindo a Serra da Estrela até o seu alto e de lá, através de uma trilha que passava entre a Serra do Frade e a da Taucaya Grande atravessavam o Córrego Seco, passavam pelo Itamarati e acompanhando a direção seguida pelas águas do Rio Piabanha, atingiam Paraíba do Sul. Dali para frente seguiam o mesmo trajeto do Caminho Novo de Garcia Rodrigues Paes. Essa variante diminuía o tempo da viagem em cerca de 4 ou 5 dias, oferecendo melhores condições, pois o terreno era menos acidentado. |
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Proença recebe, pelo importante serviço prestado a El Rey, uma data de terras que seria hoje o correspondente ao Primeiro Distrito de Petrópolis, à qual de o nome de Fazenda Itamarati, cuja sesmaria foi reconhecida em 09/10/1721. Em 1822, D. Pedro I esteve na Serra dos Correyas como ele designava aquela propriedade do Padre Correia; apreciou tanto o local que, durante os 8 anos que permaneceu no trono, ali passou os verões. Também ali se hospedaram a Arquiduqueza D. Leopoldina, Imperatriz do Brasil, assim como seus filhos e damas de honra. A Princesa D. Paula Mariana várias vezes passou temporadas na Serra dos Correyas, na esperança de obter melhoras para sua saúde sempre precária. |
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Com a morte do D. Leopoldina, quem passou a usufruir do bom clima e da hospitalidade da aprazível casa solarenga, foi D. Domitila, A Marquesa dos Santos, e sua filha Isabel Maria, a Bela, Duquesa de Goiás. Por último, D. Amélia de Leutchtenberg, a segunda Imperatriz do Brasil. |
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Deve-se à ela insistência de fazer D. Pedro I adquirir a Fazenda Córrego Seco. A princípio o Imperador queria comprar a Fazendo do Padre Correya ao seu herdeiro, o Cônego Alberto da Cunha Barbosa, que ali residia, e cuja companhia da mãe, D. Arcângela Joaquina, passava verões, saindo de sua chácara em Inhaúma e subindo a serra, fugindo do calor carioca. O Imperador fez a ela uma proposta, mas esta escusou-se dizendo não querer passar para estranhos a propriedade. |
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Indicou-lhe então, a fazenda do Córrego Seco, que se encontrava hipotecada a seu filho Cônego Alberto, cujo dono era José Vieira Afonso. O Imperador acatou a sugestão e adquiriu o que viria a ser a Cidade de Petrópolis, pela quantia de 20 Contos de Réis, em 1830. Pouco depois renunciou ao trono. As terras dos descendentes de Manuel Correya entraram em decadência acelerada depois de 1888 e fragmentaram-se nos distritos que hoje ali se instalaram:
2º Distrito: Correas, Bonfim, Calembe, Nogueira, Araras e Malta.
3º Distrito: Benfica, Boa-Esperança, Serra das Araras, Itaipava, Pedra Negra, Cuiabá e Cantagalo. |
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Em torno desse núcleo inicial, foi desenvolvido a colonização desse território e a partir de meados do Século XIX, com a abertura da Estrada União e Indústria, novos centros de povoamento foram se formando, como São José do Vale do Rio Preto, hoje emancipado do Município de Petrópolis. Os últimos distritos constituídos compreendem as localidades de:
4º Distrito: Augusto Silva, Pedro do Rio, Secretário, Taquaril e Vale das Videiras.
5º Distrito: Brejal, Posse, Alberto Torres e Tristão Câmara. |
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Arquitetura Petropolitana |
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